Audiência entre Cândido Ferreira e Sinsaúde acaba sem acordo

Campinas - Acabou sem acordo a audiência de mediação entre o Serviço de Saúde Cândido Ferreira e o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Campinas e Região, com a participação da prefeitura de Campinas, realizada pelo Ministério Público do Trabalho, que teve como objetivo solucionar a greve dos trabalhadores por reajustes salariais.

 

O Sinsaúde questionou a falta de transparência na gestão financeira do hospital, apresentando na audiência um rol de dúvidas relativas à redução de gastos do Hospital. Segundo representantes do Cândido Ferreira, a crise econômica vivida pelo país impossibilita a manutenção do anuênio (adicional por tempo de serviço) no percentual de 2% por ano de trabalho e o adicional noturno no importe de 60%, “sob pena de comprometer o funcionamento do hospital e da manutenção dos contratos de trabalho”.

A prefeitura explicou que concedeu, a partir de junho, um reajuste de 11% sobre o valor repassado ao serviço (que se aplica exclusivamente à folha de pagamento), inclusive para garantir o pagamento do 13º salário. O convênio é pago em 12 parcelas anuais.

A procuradora que conduziu a audiência, Ivana Paula Cardoso, propôs a manutenção do anuênio de 2%, estabelecendo um teto de 30%, mantendo os valores pagos atualmente a quem recebe acima de tal limite; a manutenção do adicional noturno de 60% para os atuais trabalhadores, com redução de 40% para os novos empregados contratados; e a formação de um grupo de trabalho composto por trabalhadores para acompanhar a gestão do estabelecimento. A proposta não foi aceita.

Apesar da impossibilidade da conciliação, o MPT manterá o processo de mediação ativo, ficando à disposição das partes para novas audiências. 

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