Escolhidos os vencedores da etapa estadual do Prêmio MPT na Escola

Campinas – Os grandes vencedores da etapa estadual do Prêmio MPT na Escola foram eleitos pelo júri composto pelos procuradores Marcela Dória, Marselha Silvério de Assis Dellian e Ronaldo Lira, com a participação especial do presidente da Associação de Pais e Amigos da Criança com Câncer e Hemopatias (APACC) – um projeto do Instituto Ronald McDonald, Fernando Figueiredo.

Os jurados escolheram os melhores trabalhos nas categorias Conto, Poesia, Pintura, Música, Curta Metragem e Esquete Teatral. Os candidatos, todos alunos de escolas da rede pública de ensino, haviam vencido a etapa regional nas regiões de Campinas, Presidente Prudente e Ribeirão Preto.

“Os vencedores desta etapa estão automaticamente qualificados para participarem da etapa nacional, e têm grandes chances de vencer, haja vista a qualidade dos trabalhos. O mais interessante é constatar o engajamento dos alunos, professores, coordenadores pedagógicos e diretores de escola no projeto, o que demonstra que a conscientização acerca dos males do trabalho infantil está chegando às crianças e aos pais por meio de toda a rede de ensino”, afirma Marcela Dória.

O “MPT na Escola” surgiu no Estado do Ceará como forma de incentivar o entendimento de pais e alunos da rede pública de ensino acerca da proibição do trabalho de crianças e adolescentes, e torna-los replicadores da causa. Para isso, o envolvimento da escola, por meio de sua diretoria e de seu corpo docente, mostra-se essencial na transmissão da mensagem, sempre apoiados por treinamentos e material didático desenvolvidos especialmente para este fim, fornecidos pelo MPT.

Segundo o idealizador e coordenador nacional do projeto, procurador Antônio de Oliveira Lima, os trabalhos apresentados pelos alunos é um reconhecimento ao esforço desenvolvido pelos educadores ao longo do semestre. “É também incentivo para a adesão de outros parceiros do projeto. A participação de conselhos tutelares e órgãos de assistência social é muito importante para formarmos uma rede sólida e eficaz de proteção à infância”, ressalta. 

O Estado de São Paulo é o mais rico e desenvolvido da Federação em termos socioeconômicos, mas mesmo assim, é palco frequente do trabalho infantil. De acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de cada dez crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos, um trabalha. A situação não se restringe a uma determinada região ou atividade. O trabalho irregular de menores de 18 anos é uma dura realidade no contexto paulista. Ainda segundo o estudo do IBGE, na faixa dos 10 aos 13 anos, cerca de 70 mil crianças trabalham em São Paulo.

Nas escolas, os educadores apresentam o conceito de trabalho infantil, as formas de proibição e as normas protetivas da criança e do adolescente. Os alunos também aprendem que é proibido o trabalho abaixo dos 16 anos fora do sistema de aprendizagem, o trabalho noturno, insalubre, perigoso e aqueles contidos no decreto federal nº 6.481/08, que lista as piores formas de trabalho infantil.

Todos os trabalhos apresentados tiveram como tema o fortalecimento da infância em detrimento do trabalho infantil, cuja prática traz prejuízos físicos, sociais, psicológicos e grande evasão escolar, levando prejuízos diversos à criança ou adolescente.

Os vencedores, por categoria, são:

Pintura – Atibaia – “Infância no Encontro de Realidades”; Pérola Rafaela Barbosa Cardoso – EMEIF Rosiris Maria Andreucci Stopa – professora Anna Paula Scherer

Poesia – Sales Oliveira – “Toda Criança”; Victória Nunes de Oliveira – CEAC Projeto Mais Educação – professora Susana Marcele Carrera de Lima

Conto – Presidente Prudente – “A Exploração do Trabalho Infantil”; Rhaiany Victória Coelho Bonfim – EE Professora Maria Luiza Formozinho Ribeiro – professoras Suzi G. Ramos e Maria Cláudia P.G. Soares.

Esquete Teatral – Cravinhos – “Infância Roubada”; Tauana, Camila, Lucas L., Lucas O., Maria Eduarda, Stephany, Maria Antonia, Letícia, Mariana e Lucas Bastos – EMEB João Nogueira – professores Julio Tunis e Berenice Siqueira

Música – Atibaia – “Viver, Brincar e Estudar”; Maria Vitória Lima dos Santos, Jefferson dos Santos Pinto, Maria Luiza Ap. M. de Oliveira Silva, Alison Brito Ribeiro, Giovana Garbin de Sousa de Ramos – EMEF Eva Cordula Hauer Vallejo – professora Mariane Palmeira Alves

Curta Metragem – Mogi Guaçu - “Exploração Sexual”; Emily Nicoly da Silva R. Conti, Gabriel Bongartiner de Souza, Luana Benedy Fernandes e Endrew Ricceto de Sousa (9º ano) – EMEF Adirce Cenedeze Caveanha – professora Isabel Vieira Bonvicini

Imprimir